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#56 – III Meia Maratona de Sobral

Em comemoração aos 246 anos, a III Meia Maratona de Sobral (MMS).

As provas em 2017 e 2018 foram muito boas, com a do ano passado tendo corrigido muitos problemas da de 2017. Porém, esse ano, acho que houve um passo para o lado. Houve alguns pontos diferentes, mas no geral acho que não podemos considerar como melhorias.

Em termos de divulgação, fica difícil julgar se foi mesmo adequada pelo fato de que não dá pra esquecer dessa prova: meia maratona em Sobral, no aniversário de Sobral, eu tendo um filho que faz aniversário no mesmo dia que Sobral. Então, fico monitorando pelo site do evento, com os colegas de assessoria, etc. Mas houve divulgação pelo rádio e pelas redes sociais, principalmente com sorteios de cortesias. Foram vários!

Aliás, falando em sorteio, nos anos anteriores fui contemplado com cortesia. Porém, como esses sorteios só acontecem bem perto da prova, não dá pra ficar esperando a sorte chegar. Me inscrevo e depois ganho… Mas, quando ganho, doo a cortesia. Esse ano ganhei, perdi o prazo de pegar a cortesia, mas o sorteador queimou ruim pelo fato de eu já estar inscrito: “ruim sua atitude, hein!? Tirou a vaga de alguém que precisava muito”. Ainda tentei explicar – em vão – que doaria a inscrição, até pelo fato de não ser possível me inscrever duas vezes para mesma corrida. “A inscrição é intransferível”. Uai, mas eu não tinha feito inscrição. O sorteio foi feito com base no meu perfil em uma rede social (que até onde sei não requer RG nem CPF), mas mesmo assim eu estava impossibilitado de DOAR algo que ganhei em um sorteio cujas regras não impediam que quem já estivesse inscrito na corrida, concorresse. “Não concordamos com esse jeitinho brasileiro”. Jeitinho brasileiro… Certo. Que bom que o sorteador é um empreendedor que sempre emite nota fiscal daquilo que vende, ou seja, paga rigorosamente todos os seus impostos – que serão revertidos em benefícios para o povo brasileiro – uma vez que ele não concorda com “jeitinho brasileiro”.

Bom, voltando à corrida, com relação ao valor das inscrições (abertas desde 2 abril), novamente um ótimo custo benefício: 5km a partir de 30 reais e 21km a partir de 50 reais (para inscrições presenciais na sede da Secretaria da Cultura, Juventude, Esporte e Lazer de Sobral – Secjel) ainda com possibilidade de descontos (idosos acima de 60 anos) e isenção (atletas com necessidades especiais ou de famílias cadastradas em programas sociais do governo federal). Como fiz a minha pela internet e no segundo lote, paguei 65 reais.

Premiação, novamente, muito boa: mais de 36 mil reais divididos para meninas e meninos nas três distâncias, cadeirantes e paratletas, considerando-se classificação geral, faixa etária e um bônus para os nascidos e/ou residentes em Sobral. Tudo pago na linha de chegada.

A entrega de kits aconteceu no SESI, tudo muito rápido e prático. Na sexta, embora feriado do aniversário de Sobral, o staff trabalhou e pude pegar meu kit e o do Valber, que veio pela segunda vez. Kit composto por camisa, número de peito com chip nele mesmo, viseira e sacolinha. A camisa, aliás, bem grandona. E tenho dúvidas se é boa mesmo pra usar em corrida e treinos… A conferir.

No sábado, Valber chegou por volta de 11h, almoçamos, dormimos, assistimos Gasparzinho e às 17h estávamos no Arco. Demos uma volta para ver como é que estava tudo e encontramos alguns corredores de Fortaleza.

Fomos até a tenda da Sprint e estava muito massa. Espaço grande para os corredores da assessoria, quitutes (que deveriam ficar apenas para o final da corrida, claro) e internet. Os cabras são bons! Ainda encontrei o Ivanésio, que está se recuperando de cirurgia e que também teve o mesmo problema que eu, a bendita pubalgia.

Em seguida Valber e eu fomos para o aquecimento. Duas voltas na Praça do Abrigo. Alguns giros de tornozelo, quadril, joelho, braços (acho que é exercício de mobilidade que chama) e nada de alongamento. Depois de ler e acompanhar alguns outros corredores e fisioterapeutas pelo instagram, são muitos os que defendem a “desnecessidade” de alongar. Tenho feito isso e realmente não está sendo ruim…

Faltando uns minutinhos para a largada, deu uma vontade monstra de ir ao banheiro. Alguns sanitários ditos químicos estavam próximo ao Arco. Fui lá mas quase vomitei… Ô negócio sujo da peste! Misericórdia! Imagina pra uma mulher…

Às 18h em ponto, largada. Fomos em direção ao Teatro São João, depois Museu do Eclipse, Rodoviária, Igreja da Sé, subindo na Oriano Mendes até chegar na avenida do trilho (Ildelfonso de Holanda Cavalcante que vira Othon de Alencar), onde entramos à direita. Na ponte, retorno dos 5km. Em frente ao Atacadão, retorno dos 10km e o primeiro retorno dos 21km.

Todo mundo volta para o Arco, mas quem está nos 21km faz isso tudo de novo, só que na segunda volta, o retorno não era mais em frente ao Atacadão, mas uns 500m à frente. Na Ildelfonso, as duas faixas no sentido Centro-BR estavam reservadas para os corredores; uma faixa para a ida e outra para a volta.

Quando divulgaram que a prova seria do tipo circuito – duas voltas – pouca gente gostou. Procurei compreender, mas não gostei. Sei que prova dessa forma facilita pra organização e fecha menos vias na cidade. Não foi decisão de uma pessoa só, mas ouviram partes importantes do processo: prefeitura, assessorias e guarda civil. Só que, incrivelmente, a parte mais legal foi justamente na abertura da segunda volta. Passar por ali e ter a galera incentivando foi muito legal. Apesar de que 100m à frente, foi quase solidão… Aquela multidão na largada era quase toda para os 5k e 10k.

Eu consegui completar a primeira volta em menos de 1 hora. Estava me sentindo muito bem. A pubalgia não atacou, a dor na coxa que tinha aparecido de quarta pra quinta não fez questão de reaparecer e mesmo estreando pisante novo, ele não me mordeu. Em 2019 eu só tinha feito um único treino longo de 20k. Os outros foram de 14k ou 16k. O que fiz de 18k foi de dar dó… O que mudou então? Acho que foi depois que passei a focar na cadência (quantidade de passos por minuto). Passadas mais curtas e consigo manter algo em torno de 175 (o ideal, dizem, é pelo menos 180). Tenho a impressão que o desgaste é menor e com isso o ritmo pode ficar “forte” por mais tempo. E também acho que essa amplitude deve ter relação com a inflamação no púbis. Enfim… Deu tudo certo.

Terminei os 21,13km em em 2h05min13s, que equivale à um pace médio de 5:56 min/km. Eita píula! Pace médio abaixo de 6min/km em meia maratona!? Isso não era uma meta pra agora. Mas já que veio sem um preço de dor no final, aceito de bom grado! Aliás, já se passaram mais de 12h e só sinto dor na planta dos pés e panturrilhas. Mas é dor de cansaço, mesmo.


Assim que cruzamos a linha de chegada, já recebíamos a medalha e um copo de água. Havia um paredão de gente logo ali. Com meu probleminha de pubalgia, não posso simplesmente parar. Pá! Tenho que diminuir, depois andar, até parar. Não deu… Ai senti um desconforto no local. Na verdade uma travada de perna. Mas foi passando rapidamente.

Segui para pegar meu lanche né… Mas, pera… Não tinha lanche!? O Pedro passou por mim e disse: “tem lanche não, só café.” E eu que reclamei do picolé no 9º Pé na Carreira… Bom, acho que pra uma prova que cobra inscrição e que, aparentemente, recebe subsídio da prefeitura (basta ver a camisa, sem patrocinadores) não ter umas frutinhas no final é meio assim, né!? Pôxa…

Outro probleminha da prova: tapetes de controle. Pessoas caíram – algumas se machucaram – por conta dos carpetes que estavam cobrindo os tapetes de controle (que são de algum material parecido com plástico). Pelo que deu pra perceber, alguns ao passar por estes controles, acabavam encaixando o pé entre o carpete e o asfalto. Isso prendeu o pé e bufo!

Com relação à hidratação, os pontos estavam bem distribuídos. Em média, a cada 2km. Sendo que no quilômetro 13 – entre dois dos pontos fixos de água – foram distribuídos isotônicos (de raça, em garrafinhas de 500ml). Só faltou em alguns desses pontos os meninos e meninas do staff entenderem que em prova, é importante que a água seja entregue na mão. Não é frescura. A gente vem embalado e ter que dar uma freada pra pegar água na calha, é ruim. Pra quem está competindo, são segundos preciosos. Pros demais, pode dar engavetamento. E pra uns, como eu, parada brusca e pubalgia é uma tormenta.

Também, já que a prova foi feita em voltas para, teoricamente, facilitar o trabalho da organização, não foi legal o fato de que em alguns pontos não se tinham guardas ou membros do staff. Lembro bem da via após o Atacadão, na segunda volta, em que tive que parar para dois condutores que não podiam esperar. Eu paro, mas tem gente que arrisca e vai. E se!?

Fora isso, foi uma ótima prova. Percurso praticamente todo plano e o clima agradável na Princesa do Norte nesta noite de sábado. Como nos anos anteriores, em vários pontos as pessoas estavam na calçada, incentivando quem passava correndo. Salvo engano o prefeito de Sobral falou em outra oportunidade que pelo menos até 2020 a prova tá garantida. Tomara.

Agora é “estudar” qual a próxima corrida. Opção é o que não falta em Sobral este ano. Até aqui já foram 10 só na cidade; umas 5 ou 6 em cidades vizinhas e previsão de mais 15 até dezembro. Haja real!

Resumo da prova:

Kit: Camisa, viseira, sacolinha, número de peito com chip. Inscrição: a partir de R$ 30,00 (presencial).
Balizamento: Só não funcionou 100% pela falta de membros do staff em alguns pontos e falta civilidade de alguns motoristas de Sobral.
Ambulância: Presente.
Hidratação: Muito boa. Sempre gelada. E isotônico no quilômetro 14.
Lanche pós-prova: Não houve… Não houve… Como é que pode… Não houve…
Medalha: “Metal”, mais bonita que a de 2017 e a de 2018.
Premiação: Muita (comparando com o contexto). Mais de 36 mil reais em prêmios além dos troféus!

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