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#42 – II Meia Maratona de Sobral

Metade do ano já se foi e só agora conquistei minha segunda medalha… E foi bem conquistada 😀

Parece que Sobral, definitivamente, tem um calendário de provas. Salvo engano esta foi a quarta prova em 2018 e confirmadas já estão pelo menos mais sete!

A de ontem foi a nova queridinha dos corredores sobralenses: a Meia Maratona de Sobral – MMS, em sua segunda edição. Assim como em 2017, ótimo custo benefício – inscrições entre 30 e 50 reais – e excelente premiação: mais de 36 mil reais. Prêmio em dinheiro, medalha e troféu para os três primeiros em cada distância (masculino e feminino), premiação por categoria, premiação especial para quem reside em Sobral, premiação para cadeirantes e paratletas. Tudo pago na hora. Chegou, ganhou.

A divulgação começou um pouco mais cedo que em 2017 e me pareceu melhor: rádio, comercial naquelas TVs de shopping e supermercado, Facebook da prefeitura… No entanto, parece que os corredores demoraram um pouco para se empolgar com o evento. As inscrições foram até dia 11 e a entrega de kits teve início na quinta-feira, dia 12 de julho, no Ginásio do SESI.

Aliás, a camisa desse ano dá pra correr com ela. Primeiro ponto corrigido da edição anterior. Ainda, havia no kit: viseira, sacolinha padrão, número de peito, broches e chip (que era item destacável do número de peito, tal qual aquele ticket guarda volume ou medalha).

Fiz minha inscrição nos 21k via assessoria e escapei da taxa de comodidade. Além disso, recebi meu kit na porta de casa. Ou seja, tive mais comodidade do que quando pago a taxa de comodidade…

Com relação a minha preparação para a prova, entre o Desafio Sobral x Groaíras e a II MMS, segui 95% a planilha indicada pelo prof. Celso, da Sprint Training. Nesse período fiz praticamente todos os treinos com meu chapa Jailson Nóbrega, que gosta de “apertar” a minha mente pra que eu corra mais rápido… Aff! Mas o resultado disso é bom: treinando bem, a corrida é menos dolorida. Essa era a esperança.

Há 15 dias da prova, no dia 30 de junho, a Sprint Training e a MB Sports, as duas maiores assessorias de corrida de Sobral, realizaram um treino em conjunto para reconhecimento dos percursos. Se bem que até uns dois ou três dias antes deste treinão, não havia uma definição dos trajetos. Mesmo assim, os professores das assessorias – que salvo engano colaboraram nessa construção – nos passaram verbalmente o mapa no início do treino. Apenas na semana seguinte os mapas foram divulgados no site do evento. A diferença entre o oficial e o que fizemos foi mínima: um retorno mais a frente, outro mais atrás… Nada preocupante.
Galera dos 21k no Treino de Reconhecimento: Celso (esq.), Grazi, Victor, Bianca, Jailson, eu, Robertson, Alan e André Bezerra.

Vale registrar que esse treino foi muito, mas muito bom mesmo! O suporte dado pelos professores das duas assessorias foi perfeito. E mais do que reconhecimento de percurso, tentamos fazer uma simulação de prova. Minha principal preocupação era terminar a corrida bem, então procurei adotar uma estratégia que favorecesse isso: nos trechos mais planos manter um ritmo constante e nas subidas – que não eram poucas – diminuir um pouco para que não faltasse energia pro final. No treino, deu tudo certo! Inclusive já definindo os pontos em que eu faria a suplementação (gel e paçoquinha).

Como estava tudo tranquilo, a última semana foi um pouquinho mais emocionante – só um pouquinho. No sábado anterior (7 de julho) inventei de ir tomar banho de cascata na Serra da Meruoca. Legal demais, lógico! O problema é que isso inclui um trecho só de subida de uns 5km e na sexta eu fui pra academia fazer exercícios de fortalecimento da panturrilha como se não houvesse amanhã. Ai no domingo já tive os primeiros sinais de que havia algo estranho. De segunda pra terça piorou: aquela sensação de que a qualquer momento viria uma câimbra.

Depois de subir 5km, é revigorante.



Não treinei na terça pela manhã e expliquei ao prof. Celso o que estava acontecendo. Ele disse que a noite, se eu estivesse melhor, poderia treinar, mas evitando subidas. Em casa, a Ju usou seus superpoderes para aliviar essa tensão na panturrilha e houve uma boa melhora. Ai passei a considerar a possibilidade de correr no final da tarde. Falei com o Mestre Chaguinha e ele me aconselhou a ir. Isso poderia trazer melhora. Fiquei o dia inteiro nesse vou-não-vou-vou-não-vou até que no finalzinho da tarde fui com a Camilla pelas ruas do bairro mesmo. Fizemos em torno de 11k. Diz ai que melhorou mesmo!? Correr é um remédio…

Mas amanheci na quarta com as costas meio travadas… Tipo Marcelo na Copa da FIFA. Fui pra academia mesmo assim, expliquei ao Chaguinha a situação e fizemos alguns alongamentos. Melhorou bastante. Na quinta até corri mais uns 9k e pronto. Sexta só descanso.

Chegado o dia da prova, estávamos com amigos em casa. Pense numa bagunça boa. Fomos ao clube aqui pertinho e eles aproveitaram campos e piscinas, enquanto eu, só na sombra. Depois do almoço dormi um pouco e fui de carona com o André Melo, vizinho de bairro.

Ô povo pra comer. Nã!

Não sei exatamente o que houve, mas chegamos um pouco em cima da hora: 17h45min. A largada aconteceria em 15 minutos. Eita pau! Coloquei o número de peito – desde novembro de 2017 que eu não fazia isso – e depois o chip. Muito cuidado para não rasgar pois o suporte era do mesmo papel que o número de peito. Levei aquele arame de amarrar pacote de pão e deu tudo certo.

Faltando uns 7 minutos liguei o GPS do celular, fiz uns trotes, um tiros mequetrefes e o mestre de cerimônias, Paulinho Leme, começou a fazer a contagem regressiva, eu acho. Corri para a concentração mas a buzinada ainda demorou uns instantes. Ainda deu tempo de cumprimentar vários outros corredores antes de partirmos. Uns 10 segundos para mentalizar o que eu desejava fazer – os 21k em 2h06min – e pronto. Largamos.

Largada: Boulevard do Arco.

Fiquei bem atrás na concentração. Então demorei cerca de 1 minuto até passar por baixo do Arco de Nossa Senhora, o pórtico de largada. O primeiro quilômetro foi de muito tráfego. Desvia aqui, sobe a calçada ali, esbarra noutro acolá…

Próximo ao Teatro São João.

Subimos em direção ao Teatro São João, fomos até próximo a Rodoviária e voltamos pelo ECOA, Catedral, Oriano Mendes e entramos na Av. Senador Fernandes Távora em direção à BR 222. Esse era o trecho mais regular da prova (em termos de altimetria), mas também foi o que me deu mais vontade de voltar pra casa….

Não sei se foi o aquecimento mal feito, ou se foi outra coisa… Só sei que até os 40 minutos de prova eu tava numa preguiça só… Depois melhorou e eu consegui não pensar tanto na distância que ainda faltava. O tráfego de corredores diminuiu e a coisa foi fluindo. Fiz parte desse trecho com o Cesário e encontrei várias colegas. “Bora” pra todo lado. Muito legal!!!

Voltamos próximo ao Arco e entramos à direita, indo até a rotatória do Aeroporto. Retornando, fomos em direção ao Centro de Convenções, pela Pericentral. Ai fechei 10km em menos de 1 hora e foi a hora do primeiro gel. Finalmente encontrei o Robertson – tínhamos combinado toda uma estratégia de prova mas ambos chegamos tarde e tudo foi pro beleléu – e fomos juntos por um tempo. Mais a frente encontrei o Jéfferson Malveira, que veio de Fortaleza.

Ao entrarmos na Av. do Contorno, começa a parte da qual eu tinha mais receio: a falta de civilidade de alguns condutores de veículos. Mas também os carros com a galera aqui de casa estavam parados no semáforo justo nessa hora. A turma gritando de dentro dos carros e buzinando foi massa demais.

Logo mais a frente, tinha indivíduo avançando até mesmo em cruzamentos onde havia Guardas Civis!!! E a coisa só piorava… Mas já tinham se passado 13km – segundo a moça do GPS – e eu me sentia bem.

Por volta do quilômetro 14, na altura do Parque da Cidade, rua de pedra… Como corro com tênis baixinho – o tal do minimalista -, é um pouco mais doloroso. Já ao chegarmos no Centro de Convenções, tínhamos mais uma perninha de uns dois quilômetros – ida e volta – até a Vila Olímpica de Sobral. É nessa parte que surgem as ladeiras. E não são poucas…

Procurei fazer exatamente o que tinha treinado: diminuir na subida. E deu certo. Ao final da ladeira tinha gás pra voltar ao ritmo padrão.

Voltando a Avenida do Contorno, subimos rumo a Cleto Ferreira da Ponte. Ou seria melhor chamá-la de Cleto Ferreira da Ladeira? Enfim… Mais umas três subidinhas, retorno na COHAB III – onde encontrei a Socorro Aranha, também vinda de Fortaleza – e pronto. Era chegar de volta ao Arco.

Isotônico no quilômetro 18.

Estava tudo dentro do planejado. Ritmo, musculatura, respiração… Tudo beleza. Mas a avenida do Contorno… Ah, essa avenida… Tinha que enfrentar novamente a parte de pedras e os condutores selvagens. Tive que parar uma vez para que um fizesse lindamente seu retorno: bati palmas e o parabenizei por tamanha educação.

Uns 500 metros a frente, um outro joga o carro no retorno quando eu já estava no meio deste. Ai não fui tão educado como na vez anterior: soltei um “Ponte que Caiu” e um “Carvalho” seguido de um “Filho da Pura Mal Educado!”. Me arrependi uns 30 segundos depois, pois afinal, raiva só faz mal pra quem sente…

A essa altura, a chegada estava à cerca de 1km. Ainda avistei o André Bezerra e o Diego Dantas, tentei alcançá-los, mas não deu. Certeza que eles sentiram algo. Normalmente não chegaria tão perto assim deles ;).


Cheguei a Boulevard do Arco e procurei a família. Queria muito cruzar a linha de chegada com a Marcele e o JC. Não os vi :(. Somente próximo ao Arco vi, finalmente, o JC e o Riquelme, nosso afilhado. Cruzamos e foi legal demais! Tempo bruto de 2h08min15seg e tempo líquido de 2h07min01s… Pace médio de 6’03”. Praticamente dentro da meta traçada. Então: missão cumprida.

Depois, fui receber a medalha e tinha banana, doce de banana e água. OK, já vi mais variedade, mas é o que como mesmo… Então, por mim, tudo bem.

Riquelme (esq.), eu e JC.

Por quem eu corro 😀
Tentativa de foto da turma toda… O “jogo de luz” atrapalhou!


Encontrei a família, os amigos, tiramos fotos e fim. Voltamos pra casa para comer pizza e bolo, pois era a comemoração do aniversário do nosso afilhado e também do JC, já que ambos são de julho.

Sobre a organização da corrida, tenho a dizer que foi excelente. Hidratação suficiente, com água sempre gelada e isotônico/rapadura por volta do quilômetro 18. O pessoal que estava no apoio – a turma do Staff – com um astral ótimo, mais uma vez. Ah, e dessa vez não teve falta de água pro pessoal dos 21k na parte final. Mais um ponto corrigido. Parabéns à organização! Bom, mas essa é a visão de alguém que corre para participar e ter satisfação, apenas. Se eu fosse alguém que corresse para competir, para beliscar um pódio, eu teria ficado preocupado com o fato de não ter tapetes de controle nos retornos. Seria muito fácil alguém voltar antes. Salvo engano, dos cinco retornos, apenas em dois havia esse controle.

Os percursos dos 5km e dos 10km, considero que foram ótimos. Principalmente para quem estava fazendo a primeira prova em uma dessas distâncias. Nenhuma grande subida para os 5km e apenas duas subidas para os 10km. E ainda ventava em Sobral City. Já para os 21k… Homi, seu menino… Não era brinquedinho, não! Entre os 14km e os 18km, era conversa séria. Por isso, quem completou 21km pela primeira vez na vida nesta prova, merece um adicional de 20% de parabéns!

Outra coisa a se registrar: o apoio dos moradores em geral. Sempre com um “vamos lá, você consegue!” ou “parabéns, você é guerreiro” (embora não goste desta expressão, entendo que a intenção é motivar). Crianças e idosos mostrando que a cidade é muito maior do que meia dúzia de condutores desprovidos de civilidade.

E, claro, destacar o apoio da prefeitura de Sobral pelo segundo ano a esta corrida. Acho que já pegou.

E eu, só tenho a agradecer a todo mundo que ajudou em mais essa jornada: Ju, com seus superpoderes. Chaguinha com o suporte na Academia. Válber que esse ano não pôde vir mas mandou seu incentivo de lá, como sempre. Aos amigos que vieram de Fortaleza e prometeram voltar ano que vem para correr, tamanha foi a empolgação deles com a festa na chegada. Camilla pela parceria de sempre nos treinos. Robertson, André Melo, André Bezerra pela força nos treinos e pelo incentivo. A toda turma da Sprint, professores e corredores, que fazem os treinos com prazer e alegria. Eles não fazem ideia do quanto isso contagia.

Em especial ao Jailson, que é parceirão de treinos e de zap hahaha. Ele fugiu da corrida de Sobral para ir pra uma corrida de Jumento mas mesmo assim estava em constante contato procurando saber como tava, como foi e coisa e tal. Várias dicas e principalmente incentivo durante os treinos de tiro. Foram fundamentais aqueles treinos! Sem contar o suporte que ele deu no outro treino de reconhecimento que aconteceu na quinta, 5 de julho. Esse cabra é bom. Valeu, Corcel! Traga o queijo!



Agora é mini descanso pois semana que vem tem mais! Desafio Trilha do Delta: 8km de subida. Só subida! Dia 29 tem de novo e dia 5 de agosto tem de novo. E talvez dia 26 de agosto também… Metade do ano já foi, então corre que tá acabando!

Resumo da prova:

Kit: Camisa, viseira, sacolinha, número de peito e chip. Inscrição: R$ 50,00 (via assessoria).
Balizamento: Só não funcionou 100% pela falta de civilidade de alguns motoristas de Sobral.
Ambulância: Presente. E trabalhou bastante, pelo jeito.
Hidratação: Muito boa. Sempre gelada. E isotônico no quilômetro 18.
Lanche pós-prova: Já vi mais variado, mas particularmente me atendeu: banana, doce de banana e água.
Medalha: “Metal”, mais bonita que a de 2017
Premiação: Eita, melhor ler acima ou no relato do ano passado… Mas foram mais de 36 mil reais em prêmios!

Mais alguns registros:


Eu (esq.), Aurélio, Camilla e Márcia.
Eu e minha xará, Márcia Santos. Ai corre, viu!? Sou fã!
Eu, JC, André Bezerra e sua esposa Thamar.
Eu e o prefeito Jeferson Malveira. Diretamente de Fortaleza City!

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