E tome corrida em Sobral. Em dois finais de semana seguidos. Nem lembro se já tinha feito isso antes, mesmo em Fortaleza. Que coisa boa!
Essa eu achei pouco divulgada. Recebi uma mensagem via WhatsApp com a logo do evento e a orientação de inscrição (via e-mail ou telefone). Imediatamente enviei a carta eletronicamente e já me responderam de pronto, confirmando a inscrição. Gratuito, mas sem kits. No dia entregariam número de peito, viseira e medalha para os que terminassem.
Enviei outro e-mail perguntando sobre o percurso e também rapidamente me retornaram com o mapa. Centro de Convenções – Posto da Loura (Renato Parente) – Centro de Convenções, tudo isso pela avenida Cleto Pontes, totalizando 6.4km.
Avisei aos colegas corredores, compartilhei no Face, no Insta, no Zap e em postagens anteriores aqui mesmo no blog.
Dias antes, o Maurício me avisou que ouviu dizer que haveria uma entrega de kits. Entrei em contato pelo mesmo e-mail da inscrição e confirmaram a história. Dias 15 e 16, sexta e sábado, no Centro de Convenções.
Na sexta a tarde, depois de um dia mega corrido, fui lá com o JC e ao longe avistamos uma tenda com uma mesa. Um funcionário do Centro de Convenções perguntou se eu estava atrás do kit da corrida da Grendene e me apontou a dita tenda. Ao chegarmos lá, o kit consistia apenas do número de peito e broches. O rapaz conferiu se meu nome estava na lista e pronto. Kit em mãos.
No sábado, treino. Foram 16k pelas ruas de Sobral com a Camilla. Conversando sobre as coisas da vida e tomando susto com um ou outro elemento mal encarado que encontrávamos pelo caminho. Digo mal encarado pois os cabras olhavam pra gente com aquela cara de “deixa eu ver o que eu posso tomar de você”. Quem já foi assaltado alguma vez na vida, reconhece um olhar desse tipo…
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Igreja do Patrocínio. Sobral, Ceará. Foto: Camilla Lopes. |
A tarde ainda trabalhei e a noite estava só o farelo. Dormi cedo e isso foi bom, pois descansei mais um tiquinho. Às 5h da manhã estava acordando e como a largada era “perto” de casa, combinamos, Camilla e eu, de irmos correndo pra corrida. Combinamos, também, que voltaríamos correndo da corrida. Faz sentido, né!? E lá fomos nós às 5h50.
Primeira perna do treino, 4.8k em um pouco mais de 28 minutos. “Ei mah, a gente tá voado”, disse a chefa. Chegamos lá e de cara, achamos que não tinha tanta gente assim. Mas ai, a medida que andávamos e víamos quem estava atrás do prédio, surpresa: tinha muuuuuita gente. Falaram em mais de mil inscritos. Parecia que tinha isso mesmo lá.
Aguardamos mais um pouco revendo os amigos e batendo papo. Até encontrei essa dupla que sempre prometia ir para uma corrida e hoje foram. E tem quem não acredite em Milagres…
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Ana (esq.), eu e Daniele. Que foto estranha da gota… Parece que só tenho cabeça. Mas as meninas estão sorrindo (antes de ver as ladeiras, né!?). |
Por volta de 6h30 o alongamento e em seguida foi dada a largada (prevista para 6h30). Percurso conhecido e logo de cara a primeira triagem: a subida mais inclinada do percurso. Curta, mas a mais íngreme. A Camilla prometeu que iria comigo, para ver se eu escrevia sobre ela aqui – a ingrata.
No minuto 2’51” é possível ver Camilla e eu pela ciclovia. E no 3’58”, Camilla já tinha ido.
E era drone indo, drone vindo e um fotógrafo registrando um alongamento de uma corredora que parou no caminho. Até achei que se tratava de um ensaio encomendado, mas não. Era um fotógrafo contratado do evento, creio eu. Vida que segue…
Por volta dos 2,5 km, primeiro posto de água. Tinha um para quem estava indo e tinha outro para quem estava vindo. Mas, como na raça humana tem uns exemplares com defeito de fabricação, havia um cidadão querendo que o pessoal do posto da volta desse água para ele. Como vínhamos logo atrás, abrimos o bocão, como se diz no Ceará: “pode não! Se não vai faltar para quem estiver voltando”. A moça do staff, que já estava atravessando a pista para entender o bichão, voltou: “é mermo né!?”.
Na metade do percurso, literalmente num pé e noutro para sair voada, a Camilla foi-se. Mas até que ela foi paciente hoje.
Na volta, muita gente caminhando, pois era Corrida e Caminhada. Isso também faz todo o sentido. Do nada, aparece a Ana que toma minha água e deixa a Daniele para trás… Olha o instinto de sobrevivência da pessoa… Corta caminho, deixa a amiga para trás e ainda toma a água do outro. Mas como o importante é sair de casa e se movimentar, não me zanguei. Foi muito bom encontrar tanta gente conhecida hoje.

Finalizei os 6.7km (300 metros a mais) em 37min e uns quebrados. Arredondando para 38 minutos, temos um pace médio de 5’40”. Fila para água, fila para pegar a medalha e o número para sorteio, e lá do outro lado o lanche. Banana e maçã. Ô banana boa… A bicha tava com a casca verde, mas estava uma delícia. “Nunca julgue uma fruta pela casca”, foi o que aprendi.
Em seguida encontrei o Tiago Camelo, aluno do curso de Matemática, que estava fazendo sua estreia nas corridas e ele já fez o percurso em 39 minutos. Óia, que ele tem futuro nesse negócio.
Eu já ia me retirando para pegar o beco quando escuto a moça do microfone falar “71”. Opa, era o número que eu tinha pego. Marrapaz, ganhei duas coisas na mesma década!? No mesmo ano! Era uma sandália – o que também faz todo sentido nesta corrida, né!? Preenchi uma ficha e prometeram entregar em minha casa os pisantes.
Ainda encontrei um corredor chamado Felipe, que falou comigo mas não o reconheci. Pessoa educada que tento ser, respondi cordialmente, claro. É assim que devemos ser. Depois ele se aproximou e disse que acompanhava este blog. Nossa, fiquei emocionado. Afinal, escrevo essas linhas para que meus filhos um dia possam ler as peripécias do pai. A gente nunca sabe se vai ficar por aqui o tempo suficiente para botar o filho no colo e contar essas histórias. Então, em tempos de internet, guardo essas memórias nos textos deste blog. Valeu Felipe. Muito obrigado pelas palavras. Eita, será que era Felipe? É que não sei por que tenho uma facilidade enorme de trocar Felipe por Rafael… Bom, camarada, se você ler este texto, entra em contato :D.
Todo mundo alimentado e hidratado, era hora de voltar e enfrentar o sol das 7h45. Encontramos os últimos caminhantes que terminavam o percurso e o pessoal que estava no staff, que também vinha voltando. Passamos pelo posto de hidratação e ainda havia gente da organização lá. Agradecemos pelo apoio, eles agradeceram de volta e nos ofereceram água. “Gentileza gera gentileza”.
Enfim, em casa. Mais 3.9km em uns 30 minutos mais ou menos. Percurso total: 15.3k em 1h36. Para quem tinha corrido 16k no dia anterior, tava bom demais.
Sobre a corrida, em si: muito boa. Achei que seria meia-boca mais me surpreendi. Muita gente participando, ótimo percurso – avenida fechada totalmente para a prova -, boa hidratação e lanche ao final. Levando em conta que não houve taxa de inscrição? Muito bom.
Agora, tem uns poréns. Não vi ambulância. Pode ser que ela estivesse lá e eu não vi. Se realmente não houve, ai foi uma temeridade, pois corrida gratuita atrai gente sedentária. E gente sedentária naquelas ladeiras, podia dar problema. E era muita gente.
Outro porém: se tem uma empresa em Sobral que pode organizar um evento mega, ultra, sonic, blaster, é a Grendene. Tudo bem, fazer mais de mil camisas pro kit poderia ser um investimento alto demais? Sim, talvez. Entregar junto do kit uma sandália para cada participante? Tá, é querer demais. Mas já que tinha medalha, não precisa dividir ao meio para dar duas, né!? Ficou do tamanho de uma peça de dominó… Um pingente.
“Ah, mas você correu de graça e ainda tá reclamando?”. Sim e não. Sim, porque sim. Não porque todos ali ajudaram na construção da imagem de uma empresa que “se preocupa com o bem-estar do cidadão sobralense”. E construir boas imagens custa mais do que pagamento de inscrição ;).
Mas no saldo, foi muito bom. Que esta corrida possa ter vida longa em nossa cidade com estas pequenas correções.
Vamos seguir nos treinos que o calendário de corridas sobralense ainda tem mais duas esse ano.
Balizamento: Ok, na medida.
Ambulância: Não vi.
Hidratação: Ok, na medida. Água sempre geladinha.
Lanche pós-prova: Ok, Quase básico. Embora a banana estivesse deliciosa, faltou um docinho ou uma rapadurinha.
Medalha: Muito miúda.
Premiação: Não houve.
No vídeo abaixo encontra a cobertura do Marques Araújo, da Revista Alternativa.

Recebi em casa, uns 10 dias depois, as sandálias que ganhei no sorteio.
No minuto 2’51” é possível ver Camilla e eu pela ciclovia. E no 3’58”, Camilla já tinha ido.
E era drone indo, drone vindo e um fotógrafo registrando um alongamento de uma corredora que parou no caminho. Até achei que se tratava de um ensaio encomendado, mas não. Era um fotógrafo contratado do evento, creio eu. Vida que segue…
Por volta dos 2,5 km, primeiro posto de água. Tinha um para quem estava indo e tinha outro para quem estava vindo. Mas, como na raça humana tem uns exemplares com defeito de fabricação, havia um cidadão querendo que o pessoal do posto da volta desse água para ele. Como vínhamos logo atrás, abrimos o bocão, como se diz no Ceará: “pode não! Se não vai faltar para quem estiver voltando”. A moça do staff, que já estava atravessando a pista para entender o bichão, voltou: “é mermo né!?”.
Na metade do percurso, literalmente num pé e noutro para sair voada, a Camilla foi-se. Mas até que ela foi paciente hoje.
Na volta, muita gente caminhando, pois era Corrida e Caminhada. Isso também faz todo o sentido. Do nada, aparece a Ana que toma minha água e deixa a Daniele para trás… Olha o instinto de sobrevivência da pessoa… Corta caminho, deixa a amiga para trás e ainda toma a água do outro. Mas como o importante é sair de casa e se movimentar, não me zanguei. Foi muito bom encontrar tanta gente conhecida hoje.

Finalizei os 6.7km (300 metros a mais) em 37min e uns quebrados. Arredondando para 38 minutos, temos um pace médio de 5’40”. Fila para água, fila para pegar a medalha e o número para sorteio, e lá do outro lado o lanche. Banana e maçã. Ô banana boa… A bicha tava com a casca verde, mas estava uma delícia. “Nunca julgue uma fruta pela casca”, foi o que aprendi.
Em seguida encontrei o Tiago Camelo, aluno do curso de Matemática, que estava fazendo sua estreia nas corridas e ele já fez o percurso em 39 minutos. Óia, que ele tem futuro nesse negócio.
Eu já ia me retirando para pegar o beco quando escuto a moça do microfone falar “71”. Opa, era o número que eu tinha pego. Marrapaz, ganhei duas coisas na mesma década!? No mesmo ano! Era uma sandália – o que também faz todo sentido nesta corrida, né!? Preenchi uma ficha e prometeram entregar em minha casa os pisantes.
Ainda encontrei um corredor chamado Felipe, que falou comigo mas não o reconheci. Pessoa educada que tento ser, respondi cordialmente, claro. É assim que devemos ser. Depois ele se aproximou e disse que acompanhava este blog. Nossa, fiquei emocionado. Afinal, escrevo essas linhas para que meus filhos um dia possam ler as peripécias do pai. A gente nunca sabe se vai ficar por aqui o tempo suficiente para botar o filho no colo e contar essas histórias. Então, em tempos de internet, guardo essas memórias nos textos deste blog. Valeu Felipe. Muito obrigado pelas palavras. Eita, será que era Felipe? É que não sei por que tenho uma facilidade enorme de trocar Felipe por Rafael… Bom, camarada, se você ler este texto, entra em contato :D.
Todo mundo alimentado e hidratado, era hora de voltar e enfrentar o sol das 7h45. Encontramos os últimos caminhantes que terminavam o percurso e o pessoal que estava no staff, que também vinha voltando. Passamos pelo posto de hidratação e ainda havia gente da organização lá. Agradecemos pelo apoio, eles agradeceram de volta e nos ofereceram água. “Gentileza gera gentileza”.
Enfim, em casa. Mais 3.9km em uns 30 minutos mais ou menos. Percurso total: 15.3k em 1h36. Para quem tinha corrido 16k no dia anterior, tava bom demais.
Sobre a corrida, em si: muito boa. Achei que seria meia-boca mais me surpreendi. Muita gente participando, ótimo percurso – avenida fechada totalmente para a prova -, boa hidratação e lanche ao final. Levando em conta que não houve taxa de inscrição? Muito bom.
Agora, tem uns poréns. Não vi ambulância. Pode ser que ela estivesse lá e eu não vi. Se realmente não houve, ai foi uma temeridade, pois corrida gratuita atrai gente sedentária. E gente sedentária naquelas ladeiras, podia dar problema. E era muita gente.
Outro porém: se tem uma empresa em Sobral que pode organizar um evento mega, ultra, sonic, blaster, é a Grendene. Tudo bem, fazer mais de mil camisas pro kit poderia ser um investimento alto demais? Sim, talvez. Entregar junto do kit uma sandália para cada participante? Tá, é querer demais. Mas já que tinha medalha, não precisa dividir ao meio para dar duas, né!? Ficou do tamanho de uma peça de dominó… Um pingente.
“Ah, mas você correu de graça e ainda tá reclamando?”. Sim e não. Sim, porque sim. Não porque todos ali ajudaram na construção da imagem de uma empresa que “se preocupa com o bem-estar do cidadão sobralense”. E construir boas imagens custa mais do que pagamento de inscrição ;).
Mas no saldo, foi muito bom. Que esta corrida possa ter vida longa em nossa cidade com estas pequenas correções.
Vamos seguir nos treinos que o calendário de corridas sobralense ainda tem mais duas esse ano.
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Dia 26 de novembro tem 21k na terra. |
Resumo da prova:
Kit: número de peito. Inscrição gratuita.Balizamento: Ok, na medida.
Ambulância: Não vi.
Hidratação: Ok, na medida. Água sempre geladinha.
Lanche pós-prova: Ok, Quase básico. Embora a banana estivesse deliciosa, faltou um docinho ou uma rapadurinha.
Medalha: Muito miúda.
Premiação: Não houve.
No vídeo abaixo encontra a cobertura do Marques Araújo, da Revista Alternativa.
Atualizando (01 de outubro)
Houve ambulância, como mostra a foto abaixo.
Recebi em casa, uns 10 dias depois, as sandálias que ganhei no sorteio.

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