Corridas de bairro. As melhores.
Aqui em Sobral, praticamente no quintal de casa (mesmo!), aconteceu a corrida de hoje. Foi promovida pela academia do bairro, a Dry Fit.
Confesso que estava um pouco ressabiado, pois não notava uma divulgação mais efetiva. Mas, durante a semana, quando falei com Felipe Pereira e este disse que não ia participar da prova, ufa; vai ter corrida!
Fiz minha inscrição já na terça-feira, 15 de novembro. Tive a chance de fazer ao custo de R$ 40,00, mas como deixei para os últimos instantes, paguei R$ 50,00. Conforme anunciado, no dia 17 os kits já estavam sendo entregues na própria academia. Bem simples: bolsinha, camisa, garrafinha personalizada e número de peito. Como esperado, sem cronometragem com chip. No meu kit não veio broche para fixar o número de barriga na camisa, mas tudo bem. Aqui em casa tem mais broche do que clipe.
Eram três opções de percurso: 3,5km (caminhada), 7km e 10,5km. Uma volta completa na Avenida Mãe Rainha é um pouquinho mais do que 3,5km. Portanto, transformando isso em voltas, seriam 1, 2 e 3 voltas, respectivamente.
Durante a semana, foram treinos de rua na segunda (12km), na quinta (uns 8km, mas intervalados) e sexta (quase 12km). Primeira coisa legal: eu jamais faria um volume de treinos desses em semana de corrida. Hoje, nem dói mais. O treino, em si, não. Mas na quarta, fui pra academia, e já é fato que eu sou “penso”, tenho “discaimbo”, isto é, sou torto pra um lado. Faço o exercício com a mesma carga dos dois lados, mas tem sempre um lado que sofre mais. Geralmente o direito. Ai, não sei se é esse o lado mais fraco, ou se o esquerdo é o lado mais fraco e tento compensar com o direito que fica sobrecarregado. Vamos ver com o mestre Chaguinha no nosso departamento que é mais eficiente do que o do Corinthians!
Só sei que desde quarta eu estava com uma dor na coxa que me incomodava pra levantar da cama, pra deitar e quando parava de andar ou correr. Mas enquanto fazia o movimento de andar ou correr, não sentia a dor. Gua! A dor era numa região bem estreita, mas que pegava toda a parte central da coxa, na frente. Do joelho até a cintura. Mas mesmo assim, de quarta pra cá, já se foram uns 30km. O corpo humano é invocado.
No treino de sexta, vimos que num trecho da corrida estava acontecendo os preparativos para uma festa de 15 anos, no Clube dos Calçadistas. Na verdade a preparação estava acontecendo desde segunda, eu acho. E quando uma festa tem preparação só do clube durando uma semana, ela vai longe… Tínhamos esperança de que a festa fosse de sexta pra sábado, mas quando a Camilla perguntou a um dos caras que estavam carregando coisas em frente ao clube, se a festa era sexta ou sábado, ele respondeu com uma delicadeza única: “Sáb…”. Acho que ele quis dizer sábado. De fato, foi de sábado pra domingo.
No dia anterior, nada de especial. Acordamos super tarde (mais de 8h), e as refeições foram ficando super atrasadas também. Juli viajou a trabalho e a casa era só da ala masculina. JC disse que ia ter festa do pijama… A noite, como de costume, um açaí com banana. Enquanto a Juli, igualmente comia algo bem saudável lá onde ela estava (multiplique essa última parte por -1).
Fomos dormir, mesmo, já depois das 23h. “A corrida é bem ai assim”, pensei… Ainda dava pra ouvir o som troando no Clube. Acordei algumas vezes e ouvia o som a troar. Levantei às 5h, e tome pancadão ainda. Fiquei com certo receio de que isso pudesse atrapalhar a corrida, ou mudar o percurso (isto implicaria rua com calçamento em vez de asfalto). As 6h saímos JC e eu em direção à academia. A largada estava prevista para 6h30min.
Antes da largada, foto com os vizinhos.
Assim que colocamos a cara pro lado de fora do portão, vimos os cones na avenida. Ufa! A pé, chegamos em 5 minutos na Dry Fit. Encontramos alguns conhecidos e a organização informou que deveríamos ter atenção no trecho em frente ao clube, pois a festa continuava a rolar. Primeiro largariam os corredores de 7km e 10,5km e em seguida o pessoal da caminhada. O pessoal da Red Wave montou um pórtico de largada inflável e lá fomos nós, quase 7 da manhã. Largada com buzina de carro. Inédito, pra mim :).
O percurso era bem conhecido. Todo dia passo nessa avenida. Várias vezes num mesmo dia, inclusive. Saímos da Academia em direção Clube. Passamos por lá e foi tudo tranquilo. A festa seguia normalmente lá dentro. Poucos carros saindo e, por incrível que pareça, não presenciei nada de indelicado por parte dos motoristas. O primeiro quilômetro é uma subida inocente. Depois, tem uma descida. Então, quem conhece, sabe que pode botar os bofes pra fora que depois dá pra descansar na descida. O problema é que no final descida é o retorno. E retorno de descida é o que, mesmo? É.
Subida disfarçada de plano.
Voltamos em direção à academia, passando novamente em frente ao Clube, e nada de fim de festa. A banda tocando só música massa (ai mente). Especificamente em frente ao clube, tinha um desvio, que nada mais era do que passar para a faixa de quem estava vindo. Só isso. Mas como o ser humano quer sempre se superar no quesito “se dar bem”, tem uns abençoados que cortam caminho. Oremos!
Chegamos em frente a academia e o retorno para o início da segunda volta estava um pouco antes do previsto. Ali já vi que a prova não teria os 10,5km. Passei em 16 minutos e vi que o JC estava no camarote preparado pelo Achilles, esposo da Camilla, conversando com a Isadora, filha deles. Nem viu que eu passei…
Bom, dai pensei que poderia dar as próximas duas voltas em 18 minutos, cada uma. Se eu fizesse isso tava bom demais. Na ausência do Válber Leão, a ideia era acompanhar a Camilla, mas ela iniciou muito forte e não consegui acompanhar. Depois consegui manter uma distância aparentemente constante, correspondendo a algo entre 1 e 2 minutos.
Segunda volta: passamos em frente ao clube, e nem sinal de fim de festa. Mais ou menos na metade da prova, na segunda vez a passar pelo retorno, fui tomar o gel e ao abrir o sachê: “ploft”. Acho que a metade ficou pela minha mão e cabelo dos braços. Vim que nem um gato tentando aproveitar cada gotinha. Ai, uma coisa curiosa: passei algumas pessoas que certamente correm muito mais do que eu. Isso mostra que conhecer o percurso faz alguma diferença. Estava com um bom ritmo e sempre procurando não perder de vista a Camilla. Fiz a segunda volta em 18 minutos. Novamente, JC nem me viu…
Na volta final, tentei forçar mais um pouco, especialmente nas subidas, mas já não tinha mais água nos pontos de hidratação (eram três ao todo). “Acabou, acabou! Dá o gás, fera!”. Era esse o incentivo… Novamente passamos em frente ao Clube e tome clássicos do Rock Mundial, só que em versões traduzidas para o português e num ritmo esquisito. Já perto da linha de chegada, JC finalmente me viu e fomos juntos para empurrar a faixa com a barriga. Em tantas corridas, foi a primeira vez que fiz isso. Quer dizer, quase. A pessoa que foi na nossa frente estava mais lenta e quando as jovens que seguravam a tal faixa foram pegar de novo, só deu tempo eu empurrar com a canela. Mas pelo menos JC e eu cruzamos tirando onda, fazendo coraçãozinho com os braços ao estilo Mo Farah.
Iniciando o gesto, avisando ao JC pra fazer o mesmo e a chefa olhando se tava correto. #gomofarah
Fiz a terceira volta em 17 minutos. Somando tudo, 51’49” num percurso de 9,7 km. Pace médio de 5:21. Se a prova tivesse mais 300 metros, ai eu teria feito os 10km em 53’18”, isto é, um sub-55. Ótimo, ótimo!
Mais uma medalhinha que não enferruja. Bonitinha :).
Não vi água na chegada… Mas tinha um lanche com banana, maçã e docinho. E também o pessoal da GD7 Distribuidora com barrinhas de cereal e água de coco de caixinha, além de um atum com batata que o JC mandou brasa!
Sobre a corrida, em si, não foi perfeita. Teve a questão da falta de água na última volta e outros pormenores. Mas a iniciativa, sim, foi perfeita. Agradeço demais ao pessoal da Dry Fit Academia por ter promovido a primeira corrida de nosso bairro. Isso já é histórico! Dentro das possibilidades, a corrida foi muito simpática. Espero que tenha continuidade e vida longa. Acho essas corridas de bairro as mais legais. Sim, gosto de “corridona”, mas as de bairro são muito melhores, essencialmente pelo clima entre as pessoas; é tudo mais pessoal, olho no olho.
No centro, Antonio Carlos, organizador da corrida. A chefa (#104) foi P2 nos 10k feminino. JC degustando o “patê de atum” que o pessoal da GD7 distribuidora ofereceu.
Voltemos aos treinos visando longas distâncias e, se tudo der certo, dia 11 de dezembro encerro a temporada na Corrida do Fogo!
Ah, e a festa, acho que já acabou…

Durante a semana, foram treinos de rua na segunda (12km), na quinta (uns 8km, mas intervalados) e sexta (quase 12km). Primeira coisa legal: eu jamais faria um volume de treinos desses em semana de corrida. Hoje, nem dói mais. O treino, em si, não. Mas na quarta, fui pra academia, e já é fato que eu sou “penso”, tenho “discaimbo”, isto é, sou torto pra um lado. Faço o exercício com a mesma carga dos dois lados, mas tem sempre um lado que sofre mais. Geralmente o direito. Ai, não sei se é esse o lado mais fraco, ou se o esquerdo é o lado mais fraco e tento compensar com o direito que fica sobrecarregado. Vamos ver com o mestre Chaguinha no nosso departamento que é mais eficiente do que o do Corinthians!
Só sei que desde quarta eu estava com uma dor na coxa que me incomodava pra levantar da cama, pra deitar e quando parava de andar ou correr. Mas enquanto fazia o movimento de andar ou correr, não sentia a dor. Gua! A dor era numa região bem estreita, mas que pegava toda a parte central da coxa, na frente. Do joelho até a cintura. Mas mesmo assim, de quarta pra cá, já se foram uns 30km. O corpo humano é invocado.
No treino de sexta, vimos que num trecho da corrida estava acontecendo os preparativos para uma festa de 15 anos, no Clube dos Calçadistas. Na verdade a preparação estava acontecendo desde segunda, eu acho. E quando uma festa tem preparação só do clube durando uma semana, ela vai longe… Tínhamos esperança de que a festa fosse de sexta pra sábado, mas quando a Camilla perguntou a um dos caras que estavam carregando coisas em frente ao clube, se a festa era sexta ou sábado, ele respondeu com uma delicadeza única: “Sáb…”. Acho que ele quis dizer sábado. De fato, foi de sábado pra domingo.
No dia anterior, nada de especial. Acordamos super tarde (mais de 8h), e as refeições foram ficando super atrasadas também. Juli viajou a trabalho e a casa era só da ala masculina. JC disse que ia ter festa do pijama… A noite, como de costume, um açaí com banana. Enquanto a Juli, igualmente comia algo bem saudável lá onde ela estava (multiplique essa última parte por -1).
Fomos dormir, mesmo, já depois das 23h. “A corrida é bem ai assim”, pensei… Ainda dava pra ouvir o som troando no Clube. Acordei algumas vezes e ouvia o som a troar. Levantei às 5h, e tome pancadão ainda. Fiquei com certo receio de que isso pudesse atrapalhar a corrida, ou mudar o percurso (isto implicaria rua com calçamento em vez de asfalto). As 6h saímos JC e eu em direção à academia. A largada estava prevista para 6h30min.

Assim que colocamos a cara pro lado de fora do portão, vimos os cones na avenida. Ufa! A pé, chegamos em 5 minutos na Dry Fit. Encontramos alguns conhecidos e a organização informou que deveríamos ter atenção no trecho em frente ao clube, pois a festa continuava a rolar. Primeiro largariam os corredores de 7km e 10,5km e em seguida o pessoal da caminhada. O pessoal da Red Wave montou um pórtico de largada inflável e lá fomos nós, quase 7 da manhã. Largada com buzina de carro. Inédito, pra mim :).
O percurso era bem conhecido. Todo dia passo nessa avenida. Várias vezes num mesmo dia, inclusive. Saímos da Academia em direção Clube. Passamos por lá e foi tudo tranquilo. A festa seguia normalmente lá dentro. Poucos carros saindo e, por incrível que pareça, não presenciei nada de indelicado por parte dos motoristas. O primeiro quilômetro é uma subida inocente. Depois, tem uma descida. Então, quem conhece, sabe que pode botar os bofes pra fora que depois dá pra descansar na descida. O problema é que no final descida é o retorno. E retorno de descida é o que, mesmo? É.

Voltamos em direção à academia, passando novamente em frente ao Clube, e nada de fim de festa. A banda tocando só música massa (ai mente). Especificamente em frente ao clube, tinha um desvio, que nada mais era do que passar para a faixa de quem estava vindo. Só isso. Mas como o ser humano quer sempre se superar no quesito “se dar bem”, tem uns abençoados que cortam caminho. Oremos!
Chegamos em frente a academia e o retorno para o início da segunda volta estava um pouco antes do previsto. Ali já vi que a prova não teria os 10,5km. Passei em 16 minutos e vi que o JC estava no camarote preparado pelo Achilles, esposo da Camilla, conversando com a Isadora, filha deles. Nem viu que eu passei…
Bom, dai pensei que poderia dar as próximas duas voltas em 18 minutos, cada uma. Se eu fizesse isso tava bom demais. Na ausência do Válber Leão, a ideia era acompanhar a Camilla, mas ela iniciou muito forte e não consegui acompanhar. Depois consegui manter uma distância aparentemente constante, correspondendo a algo entre 1 e 2 minutos.
Segunda volta: passamos em frente ao clube, e nem sinal de fim de festa. Mais ou menos na metade da prova, na segunda vez a passar pelo retorno, fui tomar o gel e ao abrir o sachê: “ploft”. Acho que a metade ficou pela minha mão e cabelo dos braços. Vim que nem um gato tentando aproveitar cada gotinha. Ai, uma coisa curiosa: passei algumas pessoas que certamente correm muito mais do que eu. Isso mostra que conhecer o percurso faz alguma diferença. Estava com um bom ritmo e sempre procurando não perder de vista a Camilla. Fiz a segunda volta em 18 minutos. Novamente, JC nem me viu…
Na volta final, tentei forçar mais um pouco, especialmente nas subidas, mas já não tinha mais água nos pontos de hidratação (eram três ao todo). “Acabou, acabou! Dá o gás, fera!”. Era esse o incentivo… Novamente passamos em frente ao Clube e tome clássicos do Rock Mundial, só que em versões traduzidas para o português e num ritmo esquisito. Já perto da linha de chegada, JC finalmente me viu e fomos juntos para empurrar a faixa com a barriga. Em tantas corridas, foi a primeira vez que fiz isso. Quer dizer, quase. A pessoa que foi na nossa frente estava mais lenta e quando as jovens que seguravam a tal faixa foram pegar de novo, só deu tempo eu empurrar com a canela. Mas pelo menos JC e eu cruzamos tirando onda, fazendo coraçãozinho com os braços ao estilo Mo Farah.

Fiz a terceira volta em 17 minutos. Somando tudo, 51’49” num percurso de 9,7 km. Pace médio de 5:21. Se a prova tivesse mais 300 metros, ai eu teria feito os 10km em 53’18”, isto é, um sub-55. Ótimo, ótimo!

Não vi água na chegada… Mas tinha um lanche com banana, maçã e docinho. E também o pessoal da GD7 Distribuidora com barrinhas de cereal e água de coco de caixinha, além de um atum com batata que o JC mandou brasa!
Sobre a corrida, em si, não foi perfeita. Teve a questão da falta de água na última volta e outros pormenores. Mas a iniciativa, sim, foi perfeita. Agradeço demais ao pessoal da Dry Fit Academia por ter promovido a primeira corrida de nosso bairro. Isso já é histórico! Dentro das possibilidades, a corrida foi muito simpática. Espero que tenha continuidade e vida longa. Acho essas corridas de bairro as mais legais. Sim, gosto de “corridona”, mas as de bairro são muito melhores, essencialmente pelo clima entre as pessoas; é tudo mais pessoal, olho no olho.

Voltemos aos treinos visando longas distâncias e, se tudo der certo, dia 11 de dezembro encerro a temporada na Corrida do Fogo!
Ah, e a festa, acho que já acabou…
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