Treze de setembro de 2015. Dezessete meses depois, finalmente eu iria repetir uma mesma prova. Ok, participei da Meia Maratona de Fortaleza duas vezes, mas no primeiro ano foram 5 km e no segundo 10 km. No circuito das estações, antecipavam um retorno aqui e outro ali, mudavam o sentido do percurso, colocavam em voltas, etc. Mas nesse não; todo mundo já conhece o percurso.
Na primeira vez, 1h18min e mais alguma coisinha. Esse ano eu queria fazer pelo menos um sub 65'. Mesmo em busca do sub 60', sabia que não iria conseguir naquele domingo, ainda que em casa. A prova estava marcada para as 7h da manhã. E em Sobral, 7h da manhã, num mês que termina em BRO, é pauleira. Até mesmo o horário dos treinos procuro modificar, saindo algumas vezes à noite. Não é moleza. Pelo menos para mim, não.
Adoro essa prova. A inscrição é gratuita, sendo pedido dois quilos de alimentos para os projetos sociais do SESC.
A entrega do kit é sempre legal, pois revejo algumas pessoas do tempo em que eu frequentava a academia de lá. Dessa vez encontramos, JC e eu, Celso Trindade, que me fez aquele gestual clássico de reverência (brincando, obviamente). "Abre passagem que lá vem um profissional". Ele me deu uma moral, dizendo que tava vendo que eu estava bem e participando de muitas provas. Brinquei de volta dizendo que ele agora só corria no exterior e em montanhas, pois tinha participado do El Cruce. Perguntei pela Fabíola e pela Sara - que vem ao mundo em outubro. É uma família muito querida pela minha família.
Fui ao local de entrega propriamente dito e tudo muito bem organizado. Impressionante como foi rápido. Sai de lá com minha camisa, número de peito e o chip.
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No ato da inscrição, já sabemos o número de peito. É simples, mas é muito bem organizada esta prova em Sobral. |
No dia da prova, família toda lá, claro. Aquele clima legal de encontrar os amigos e conhecidos das ruas. E para nossa surpresa, céu nublado.
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Quem sabe um dia ela corre também, não é? Foto: JC. |
Fui para o aquecimento e depois funil de largada. Observei vários corredores "profissionais", desses que encontro nas provas em Fortaleza e estão ali para competir, de fato.
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Momentos antes da largada. Foto: Juli Mariano. |
Começa. Saímos de frente a sede do SESC centro e descemos pela praça de Cuba, bancos, rodoviária, Shopping e entramos à esquerda para chegar à avenida Fernandes Távora. Pontos de hidratação funcionando perfeitamente a cada dois quilômetros. Monitores em todas as ruas secundárias, rotatórias, retornos e cruzamento. Alguns corredores mais gentis, entregam água aos colaboradores. Alguns mais assanhados, entregam também, especialmente às colaboradas.
O GPS estava um pouco maluco e na passagem do primeiro quilômetro marcou mais de quatro. No entanto, pelo relógio, pude ver que estava mantendo o pace em torno de 6:40.
Ai, o sol que estava tímido, resolve dar bom dia. Comecei a sentir o calor forte, mas estava mantendo o ritmo. Era só conservar.
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A subida do Atacadão é das boas. |
Por volta do quilômetro seis, encontro o Maurício, meu aluno na UVA. Fomos juntos. Ele acabou imprimindo um ritmo um pouco mais forte que o meu, o que foi bom pois era uma forma de não deixar o meu ritmo cair. Uns 500 metros a frente, encontramos o Do Carmo, professor de Matemática. Antes de chegarmos ao quilômetro oito, Do Carmo diz "podem ir!". Continuamos até quase o quilômetro nove quando o Maurício arregou.
Depois, passei pela praça das Nações - ou praça do Farias Brito - e de volta a rua Coronel João Barbosa, onde fica a sede do SESC, completei a prova em 1h05min20seg, num ritmo médio de 6:40. Mais lento do que os 6:28 que vinha fazendo, mas próximo da meta traçada, de 65'.
Depois as frutas e água, para mim e para o JC, que dessa vez arrumou amigos da idade dele e não veio me esperar na linha de chegada. A medalha é bem simples. Mas é tão simples, que é diferente das demais. Acaba sendo única até nisso.
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Dessa vez dividimos a medalha. |
Agora um pouco de descanso e mais treinos. Próximo desafio novamente em casa: dia 11 de outubro na Minimaratona de Sobral.
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