E já tinha se passado um ano...
Um ano que eu tinha começado a participar de corridas de rua. Na verdade, ir para esses eventos era uma forma de continuar treinando. Sem objetivos específicos, fica mais difícil pra mim, confesso.
Como '1 ano' é uma data dita 'redonda', não poderia deixar de participar de uma corrida nesta data, 12 de abril. Ainda mais sendo a mesma prova: a Meia Maratona de Fortaleza.
Desde fevereiro, acho, acompanhava o site no qual seriam realizadas as inscrições. Assim que começaram, me inscrevi. Salgado! Cem reais. Mas, era uma data especial. Como já tinha economizado em seis provas, achei que compensaria.
Nesse intervalo de tempo entre a prova do dia 29 de março e a Meia Maratona de Fortaleza (MMF), descobri grupos no Facebook de corredores de rua de Fortaleza. Comecei a participar de uns dois ou três e vi que a queixa com relação a esta prova estava grande.
Eu, sinceramente, estava achando um exagero do pessoal, pois ano passado lembro de como foi legal desde a entrega do kit - exposição, avaliação física, stands, lanche, etc - até a prova. Então, só observava as postagens e comentários.
Próximo à prova, a primeira surpresa: não entregariam kits no sábado. Achei estranho, pois vem muita gente de fora e esse pessoal, para menores despesas, chega um dia antes. Para mim não tinha problema, pois sempre chego na quinta à Fortaleza.
Também mudaram o local da entrega do kit. Agora seria no Ginásio Paulo Sarasate. Ora, a primeira coisa que me veio à cabeça é de que o setor do Marina Park utilizado no ano de 2014 seria pequeno para o ano de 2015. Então, fazia todo o sentido ser no Ginásio. Ledo engano...
Ao chegar no local divulgado, achei que tinha errado de endereço. Deserto. Mas obviamente que não se confunde um Ginásio daquele tamanho. Confirmei com o porteiro e era lá mesmo.
Uma senhora vendia alimentos na entrada. Como eu tinha esquecido desse detalhe, foi uma boa. Eram dois quilos esse ano.
Ao entrar no Ginásio, pequenas filas. Mesmo assim, os colaboradores pareciam bastante tensos. Irritados, até. Uma grande demora para entregar o poderoso kit composto por sacola de plástico, camisa G, número de peito e chip. Nada de carro para sorteio. Nada de stand da Asics. Nada de avaliação física. Nada de lanchinho. O clima era de velório!
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Logo muito bonita, mas o material da camisa deixou a desejar. |
Sempre participo com a camisa fornecida pelo evento. Mas com essa não ia dar. Muito grande e o tecido era grosso. No grupo do Facebook diziam que era como camisa de campanha política... Reparei que tiraram o "internacional", que tinha na prova de 2014. Hum, sei não...
Resolvi ir com a camisa invocada do Circuito das Estações. Coloquei uma camisa manga longa por baixo para me proteger do sol. A largada estava marcada para as 6h15min, então cheguei no local por volta de 4h30min. Estacionei bem de frente ao portão de acesso à largada. Massa, mas antes que eu descesse do carro, veio o dono do pedaço e disse "aqui nós cobra dez reais, patrão" e já veio me entregando um cartão com o nome 'pago - 10 reais'. Como naquele momento não estava nem acordado direito ainda, paguei.
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Fiquei na tenda onde seria o Guarda-Volumes me protegendo da chuva e observando o amanhecer. |
Já um pouco antes de eu chegar no local, começara a chover. Era uma chuva moderada, digamos, e contínua. Muita água. O bom seria que não haveria aquele sol brabo de quinze dias atrás, mas por outro lado, estava muito abafado. Foi mais ou menos bom, no final das contas.
A chuva também acabou atrasando a largada em cerca de 15 minutos.
Não havia tanta gente como em 2014. Em parte pela chuva, mas acho que principalmente pelo que estava se anunciando nos grupos do Facebook dias antes. Preço alto para uma prova com tantos patrocínios.
O percurso dos 10 km foi um pouco confuso. Havia um ponto de retorno onde os corredores estavam literalmente trombando. Uma esquina próximo à rua dos Tabajaras onde não era possível ver quem vinha. E esse ponto de retorno não valia para o pessoal dos 21 km, mas alguns não foram informados. Assim como alguns participantes dos 10 km passaram direto...
Quem sobrevivia a esse retorno e estava na prova de 10 km, passaria pelo Mercado Central, Catedral, Praça dos Leões e Parque das Crianças, sendo que neste trecho, simplesmente não havia balizamento nem o pessoal do 'staff'. Água, então... O primeiro ponto de hidratação foi entre os quilômetros 3 e 4. Depois, só no sétimo. Voltamos pela Barão do Rio Branco - muito alagada - até chegar no Passeio Público e Encetur. Descemos pelo viaduto da Leste-Oeste e fomos para o pior trecho; a subida do IML. Depois, retornamos (agora descida do IML) até o Marina Park.
No último trecho, isto é, últimos três quilômetros, havia três pontos de hidratação. Portanto, para quem estava nos 5 km, água não foi problema. E a prova quase inteira debaixo de chuva. Não forte, mas constante.
Ao final da prova, tempo de 1h20min. Péssimo... Talvez fosse reflexo de provas muito próximas umas das outras (era a terceira em um mês) ou do clima abafado.
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Só depois dessa foto reparei que tiraram o "internacional" desta prova. |
Lembro que no ano de 2014, tinha Powerade para os concluintes. Dessa vez, suco da Indaiá...
Somando tudo: não gostei da organização da prova. Valeu para comemorar um ano de corridas, mas por esse preço e com essa logística complicada, não compensam tanto. Posso comemorar qualquer data correndo em qualquer lugar.
Agora era esperar os próximos desafios: a II Corrida Gran Marquise e a famosa Night Run, com intervalo de uma semana entre elas.
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